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ARTIGO

O jogo na atuação pedagógica

O Ministério da Educação (MEC) e do Desporto, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), proveem que a Educação Básica no Brasil, deve desenvolver as potencialidades (autonomia, preparo para o exercício do trabalho e a cidadania) do educando, e nesse sentido, o brincar se mostra um instrumento de recurso auxiliar imprescindível para a educação, já que o objetivo educacional não é somente o desenvolvimento de conteúdos escolares, mas também a cidadania.
A literatura tem ressaltado o valor do jogo sobre os mais diversos aspectos do desenvolvimento intelectual. O saber não resulta apenas do desenvolvimento de elementos exteriores, o processo de adaptação e acomodação é o elemento pelo qual o concreto é alterado em conhecimento. Ao brincar a assimilação se sobressai e a pessoa congrega o conhecimento à seu próprio modo, sem qualquer obrigação com o real, e o brincar se constitui em um elemento ativo.
Nesse sentido, este trabalho visou pontuar algumas questões a propósito de o uso do jogo na atuação pedagógica.

Categoria de jogo

O que determina a categoria de um determinado jogo (simbólico, percepção espacial, etc.) é a sua característica natural e/ou a ênfase de o professor.

O jogo em meio às idades

Às vezes uma brincadeira entre as idades pode vir a ser a mesma, todavia se diferenciar nas suas regras, ficando muito mais fixas e regulares no transcorrer da idade. Para crianças menores nem sempre o jogo é interrompido para punição de uma regra burlada, para elas as regras não são tão fixas e regulares quanto para as maiores. Nesse grupo as brincadeiras são bem mais próximas das normas e preceitos dos adultos. Portanto, num mesmo jogo a forma de agir pode se diferenciar de um grupo para o outro a depender de a capacidade física e/ou psicossocial.

Estratégia docente junto ao jogo

Vale observar, que devido à inclusão devem ser propostas atividades mistas (masculino e feminino) e coletivas, auxiliando sobremaneira no desenvolvimento do alunado. Após o jogar pode se pedir para o alunado fazer os registros para posterior socialização coletiva. Esse registro produz a tomada de consciência e visa ter os mais diversos objetivos: recordar a forma de se jogar; anotar como o jogo parou; compartilhar como se brinca; elaborar regras coletivas; verificar erros; etc.. Conseguintemente, se torna necessário observar o progresso desses registros, assim como socializar coletivamente as estratégias das situações de jogo. Na discussão coletiva pode se levantar aspectos como, a cooperação, o desenvolvimento psicofísico e conceitual, e a resolução de problemas.
Ensino e aprendizagem: Compete ao docente preparar, aplicar e avaliar a produção da atividade. Numa ação reflexiva a respeito de a própria prática. Importante também reconhecer o valor pedagógico do jogo, por meio de análise de registro, avaliação do progresso e anotação das observações de o alunado.

Foco no lúdico

Na educação, na maior parte das vezes se focaliza a atenção nos conhecimentos curriculares em si próprios, e se despreza uma motivação para a ação de brincar, mesmo sendo este efetivamente essencial para a vida e o desenvolvimento de a cidadania, acabando por terem sua relevância negada.
A prioridade deve ser para atividades simples, em que o alunado precise resolver problemas e desenvolver a criatividade e a imaginação. A preferência pela realização de atividades mais simples permite inclusive um tempo mais prolongado e desafiante na execução da mesma.
Importante observar que um dos fatores negativos do jogo diz respeito a uma eventual competição exacerbada, por isso é preciso sobressair uma abordagem pedagógica com foco no aspecto lúdico.

Atenção à significação

O texto: A leitura deve ser concebida de forma significativa, ou seja, de maneira que se perceba certa relação com o dia-a-dia, se tornando uma atividade experiente. Portanto, entre os objetivos de o currículo se encontra a necessidade de identificar leituras que produzam significado para a reflexão.
O jogo: Deve ser atraente, seguro e especialmente desafiador. Assim, a escolha de ambos, texto e jogo, são fundamentais para possibilitar e/ou reforçar certo conhecimento curricular desejável. Deste modo, o estudo teórico-prático será uma atividade que se expõe em conhecimento experiente, produzindo o significado.
Vale ressaltar que devem ser selecionados textos que possibilitem certa identificação quanto ao seu contexto, gerando um processo que permite elementos de significação e reflexão. Tal texto pode ser discutido em dias ou mesmo minutos depois, e num próximo encontro se realiza uma atividade prática que possibilite certa discussão reflexiva partindo da abordagem teórica textual. A estratégia visa promover uma confrontação entre a teoria e a prática, fortalecendo o aprendizado.
Por meio do intercâmbio mútuo entre as pessoas e as relações sociais que as brincadeiras propiciam, pode se desenvolver a linguagem e as mais diversas inteligências e/ou habilidades, consequentemente o próprio conhecimento.

Troca entre docentes

O docente precisa ser visto como elaborador de conhecimentos, através de trocas de experiências entre colegas (os docentes são profissionais que adoram trocar experiências e ideias, sucessos e fracassos, dúvidas e angústias). As experiências são particulares, e discussões e ponderações a respeito das mesmas podem motivar novos conhecimentos e aprendizagens. Principalmente se pertencentes a uma mesma orientação e/ou rede curricular.

Estratégia e foco das formações e/ou capacitações

Para um trabalho em formações e/ou capacitações, do mesmo modo podem ser solicitadas a realização de atividades teóricas (textual) e práticas (jogo). Outra forma de trabalho junto aos docentes é a gravação da atividade para posterior análise coletiva, propiciando a reflexão a propósito de a própria prática, favorecendo um olhar diferenciado para o que estiver sendo estudado.
Os espaços de trocas quanto ao trabalho habitual pode ser o cerne das formações e/ou capacitações entre os docentes, privilegiando seus saberes e tendo a prática como elemento de estudo e reflexão. Certamente em pouco tempo haverá segurança para exposição de vivências das práticas particulares, para enriquecimento de o curso e, conseguintemente das próprias aulas.
O objetivo principal é que o docente descubra seus caminhos e alcance o melhor de suas potencialidades.

O jogo no planejamento

Espera-se uma apropriação e ressignificação de o jogo no trabalho docente, já que haverá uma tendência para aumento de seu uso à medida que o docente for se tornando eficiente e tendo efetivamente segurança na sua aplicação, chegando ao momento de fazer parte do seu planejamento, se constituindo componente de curso. Promovendo uma transformação nas concepções e práticas pedagógicas (observe mais abaixo, a Educação Infantil).
Os docentes sentem encanto em novas concepções, desde que tenha sentido para o seu fazer pedagógico.

Postura investigativa

O uso do jogo desenvolve no docente a capacidade investigativa, à medida que precisará se debruçar no estudo de questões relacionadas ao brincar. Nesse caso evolui da condição de consumista a produtor de conhecimento, o que o leva a reflexão a propósito de as atividades realizadas, adquirindo consciência para as mais diversas potencialidades Inter e/ou Multidisciplinares.
Acredita-se como resultado, em um profissional de postura muito mais investigativa, capaz de teorizar, interpretar e questionar a própria prática permanentemente. Favorecendo uma mudança na concepção de ensino e aprendizagem do componente curricular educativo.

Educação infantil

Nesta fase em particular, o jogar representa o principal artifício de trabalho em algumas disciplinas, se destacando a ação de registro (desenho) pelos alunos. O registro de as brincadeiras vivenciadas serve para as crianças documentarem vivências, experiências e sensações que foram significativas na atividade, e a socialização desses registros amplia e/ou ressalta a ideia mais importante. Ao docente cabe ainda considerar o progresso desses registros e o desenvolvimento de conceitos, como os simbólicos e de exploração de espaço.
Especialmente nessa idade (educação infantil), o registro e/ou desenho dos jogos e brincadeiras realizados pelos alunos, representam instrumentos usados pelos educadores corriqueiramente, contudo não parece haver a preocupação em considerar a evolução e/ou progresso dessas anotações, nem mesmo a compreensão e entendimento de aspectos importantes que existem neles, como o linguístico. O enfoque da atividade parece se restringir estritamente a memória.

Conclusões

Evidencia-se a importância de um novo olhar, em que os jogos não sejam vistos como um instrumento que visa meramente o lazer e/ou entretenimento, mas que, além disso, possibilita outra forma de se trabalhar o currículo rumo à alfabetização. Os jogos efetivamente eleitos como foco de trabalho pedagógico, num contexto entre a teoria e a prática. Vale lembrar, que deve haver o cuidado de se empregar jogos e brincadeiras com teores que explorem e envolvam aspectos psicomotores e afetivos sociais, ou seja, de forma integrada, de corpo inteiro, visando e considerando uma educação concreta para a autonomia e democracia, garantindo uma ressignificação do conteúdo curricular. Corroborando para a transformação a propósito de o currículo disciplinar educacional. Os jogos podem motivar um autêntico redimensionamento na esfera educacional.
Por fim, ao docente se torna necessário uma predisposição para questionar suas ações, ao mesmo tempo, dominar as mais variadas metodologias, visando promover ambas as dimensões “teóricas e práticas”. Nesse sentido, o conhecimento e aquisição de uma postura investigativa são essenciais para o aperfeiçoamento e desenvolvimento de o próprio profissional.

Bibliografias

1. GRANDO, Regina Célia, NACARATO, Adair Mendes. Educadoras da infância pesquisando e refletindo sobre a própria prática em matemática. Educ. rev.
2007, n.30, p. 211-234.

2. CORDAZZO, Scheila Tatiana Duarte and VIEIRA, Mauro Luís. Caracterização de brincadeiras de crianças em idade escolar. Psicol. Reflex. Crit. 2008,
vol.21, n.3, pp. 365-373.

3. BOMTEMPO, Edda. Brinquedo e educação: na escola e no lar. Psicol. Esc. Educ. 1999, vol.3, n.1, pp. 61-69.

4. CARABETTA JUNIOR, Valter. Rever, pensar e (re)significar: a importância da reflexão sobre a prática na profissão docente. Rev. bras. educ. med.2010, vol.34, n.4, pp. 580-586.

Autor: Dailton Sidnei Pichinin
Professor Pesquisador Científico.
São José do Rio Preto SP
consultoriadetcc@gmail.com

Atuando como docente diretamente em Instituições de ensino públicas e privadas desde o ano de 1997, a partir de 2011 atuando enquanto Professor Pesquisador Científico, ministrante e elaborador de cursos (disponíveis online), possuindo múltiplas obras publicadas na área educacional.

Dentre os principais trabalhos de sua criação e autoria estão o desenvolvimento de metodologias didático-metodológicas pioneiras e inovadoras de suma e fundamental importância para o campo educacional (como, a “Pedagogia da Cultura Corporal Lúdica” e a “Pedagogia de Dinâmicas de Grupo para Sala de Aula”) e, consequentemente, para a sociedade como um todo, além de atuar com produção de conhecimentos acadêmico-científicos, consultoria e orientação em trabalhos monográficos e dissertativos (Áreas de Humanas, Exatas e Biológicas), além de Perito Grafotécnico, Investigador de Usucapião e Avaliador de Móveis.

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