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ARTIGO

O papel da avaliação no processo de ensino e aprendizagem escolar

1. DAILTON SIDNEI PICHININ

1. Autor de vários livros na área de Educação e Educação Física Escolar, vários cursos presenciais e na modalidade de Ensino à Distância, e diversos artigos locais, regionais e nacionais.


Alguns princípios devem ser considerados, afinal as conseqüências da avaliação comprometerão a todos (escola e comunidade). Deste modo, esse trabalho visa esclarecer qual é o papel da avaliação no processo de ensino e aprendizagem das escolas.

Classificatória

Culturalmente damos às notas a importância de rotular os alunos em bons ou ruins. Neste sentido os bons continuarão e os ruins terão de refazer novamente toda uma trajetória cursada. Nós incorporamos de forma natural essa prática, sem nos preocuparmos o que essa nossa ação esta ocultando.
De acordo com a tradição escolar, as avaliações são tidas como classificatórias, separando os alunos que conseguiram aprender, dos que não conseguiram aprender determinados conteúdos tracejados, de acordo com a série que se localizam. Tal fato pode levar à exclusão. A avaliação deve ser balizada na inclusão e pautada na edificação da autonomia, levando em conta infinitas alternativas e estratégias de aprendizagem aos alunos. Nesse sentido, a avaliação nos dá a compreensão de que os alunos em geral possuem a capacidade de aprender e todo o processo (metodologias e conteúdos disciplinares) precisam ser planejadas levando-se em conta estas infinitas alternativas de aprendizagens do alunado.
Precisamos estar sempre antenados com nossa visão educativa para assim termos claro “para que” estamos avaliando. Se a intenção é que o aluno aprenda, a avaliação deverá ter essa finalidade. Se a intenção for classificar a avaliação também terá essa mesma finalidade. Assim fica claro que o objetivo e o modo avaliativo sofrem as influências de um entendimento e/ou ponto de vista que se tenha da educação, orientando seu uso.

Nota

Socialmente é muito corriqueiro o entendimento de que para se avaliar o aluno precisa receber uma nota pelo que produziu. Nesse caso damos um valor e/ou conceito. Entretanto, nós educadores precisamos sair do senso comum, para não confundirmos avaliar como simplesmente um valor. Assim, seja qual for o instrumento que será usado (provas, trabalhos em grupo, registro de atividades), significa sempre um componente inseparável, não inicia e nem termina ao se atribuir uma nota ao aprendido. O ensino é repleto de propósitos visando abranger objetivos educativos, podendo ser referentes a normas e/ou condutas ou conteúdos propriamente ditos.
As práticas de avaliação devem estar acompanhadas de vários aspectos, como autonomia (do professor e também da escola), uma matéria escolar dinâmica, flexível, atualizada (contemporânea) e também contextualizada.

Transformação

Para uma transformação da avaliação é preciso modificar também a relação entre a comunidade (família) e a escola, e as necessidades individuais de cada aluno. Perpassa ainda por modificações no relacionamento educador e educando, na didática e nos procedimentos estratégicos de lecionar, e também nos projetos curriculares e/ou políticas públicas governamentais.
Uma avaliação que classifica faz parte de uma escola do passado, que não existia para todos, assim como o acesso ao ensino (educação) não era um direito. Deste modo, tudo mudou e as práticas pedagógicas também precisam mudar. Porém, essa mudança é lenta. Uma vez que, se encontra associada com nossos tão enraizados valores e crenças que desenvolvemos em nossas experiências de vida.

Avaliação formativa

A avaliação formativa é aquela que aponta o caminho do aluno no sentido de realizar seus estudos e aprendizagens, auxiliando a encontrar suas dificuldades e também seu potencial, para redirecionar novamente seu caminho. Outro fator da avaliação formativa é a edificação da autonomia do aluno e nesse sentido se torna importante que se possível o aluno tenha ciência de qual conteúdo vai estudar, quais as finalidades ou objetivos que deverá atingir e como será a verificação e analise de seu progresso e desenvolvimento.
A avaliação formativa deve ser compreendida como componente do procedimento do ensino e também da aprendizagem. Ou seja, a avaliação faz parte de todo o processo envolvido na ação ensino/aprendizagem (inseparavelmente). Podendo ser usada com a intenção de acompanhar o desenvolvimento (progresso) do aluno, ou com a intenção de verificar o desfecho que o aluno foi capaz de alcançar em certo tempo. Porém, deve sempre ter a intenção de delinear ações educacionais posteriores. Ocorrendo no próprio andamento de toda a ação, objetivando uma reorientação dessa mesma ação. Assim o procedimento de avaliar está compartilhado entre professor e aluno, ambos se responsabilizando pela ação.

Uma prática de aprendizagem

Torna-se importantíssimo fazer da avaliação uma prática de aprendizagem, entendendo que a avaliação faz parte de todo o processo de ação de ensinar do professor e também do aprender do aluno, são indissociáveis, não é possível ensinar e/ou aprender sem avaliar.

Conclusões

Concluímos nesse trabalho que a avaliação precisa ser a formativa. O professor deve permanecer vigilante nas ações e aprendizagens dos alunos. Não vai avaliar no sentido de apresentar uma nota, pois será conseqüência e não o término de todo um processo. Tem a função fundamental de dar continuidade aos caminhos da prática de aprendizagem, de forma contínua e ininterrupta, é um componente do dia-a-dia habitual dos afazeres propostos de cada ação de sala de aula. Ou seja, a avaliação deve ser inseparável de todas as ações envolvidas no processo e não isolada.


Referencias bibliográficas

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro. São Paulo Scipione, 1992.

FREIRE, J. B. De corpo e alma. São Paulo: Summus, 1989.

FREIRE, J.B., SCAGLIA, A.J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003.

NEIRA, M.G. Educação física infantil. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2002.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Educação física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

Autor: Dailton Sidnei Pichinin
Professor Pesquisador Científico.
São José do Rio Preto SP
consultoriadetcc@gmail.com

Atuando como docente diretamente em Instituições de ensino públicas e privadas desde o ano de 1997, a partir de 2011 atuando enquanto Professor Pesquisador Científico, ministrante e elaborador de cursos (disponíveis online), possuindo múltiplas obras publicadas na área educacional.

Dentre os principais trabalhos de sua criação e autoria estão o desenvolvimento de metodologias didático-metodológicas pioneiras e inovadoras de suma e fundamental importância para o campo educacional (como, a “Pedagogia da Cultura Corporal Lúdica” e a “Pedagogia de Dinâmicas de Grupo para Sala de Aula”) e, consequentemente, para a sociedade como um todo, além de atuar com produção de conhecimentos acadêmico-científicos, consultoria e orientação em trabalhos monográficos e dissertativos (Áreas de Humanas, Exatas e Biológicas), além de Perito Grafotécnico, Investigador de Usucapião e Avaliador de Móveis.

Site e contato em:

http://dailtonspichinin.loja2.com.br/;

http://paraiso-monografias.webnode.com/;

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